Redes Sociais

domingo, 12 de janeiro de 2025

Por que o projeto educomunicativo precisa de um canal de comunicação?

 



Um projeto educomunicativo representa mais do que um espaço de aprendizado; é uma oportunidade para os estudantes se expressarem e compartilharem suas perspectivas sobre temas diversos, com base em seu olhar único. Esse tipo de iniciativa não apenas incentiva a autoria, mas também reforça a importância de divulgar o que é produzido. Afinal, um produto midiático só alcança seu objetivo se for compartilhado.

A criação de um canal de comunicação é, portanto, essencial para a efetividade de qualquer projeto educomunicativo. Ele permite que a comunidade escolar tenha acesso às informações produzidas pelos estudantes, conheça temas de interesse coletivo e participe de campanhas relevantes. Mais do que isso, um canal de comunicação é um serviço de utilidade pública, que promove o diálogo e fortalece os laços entre escola, estudantes e comunidade.

No caso do Programa Imprensa Jovem, regulamentado pela Portaria 7.991/2016, a constituição de canais de comunicação geridos pelos estudantes é um componente central. Isso demonstra que o ato de criar e gerir mídias estudantis está alinhado aos princípios da Educomunicação e da educação participativa.

Qual é o tipo de canal mais adequado para o meu projeto?

Escolher a plataforma ideal para um canal de comunicação depende do alcance desejado e do perfil da comunidade escolar. As redes sociais, por exemplo, são extremamente atrativas para os estudantes – e não só para eles. Mas, além delas, existem outras alternativas valiosas:

  • Blog: Ideal para textos mais aprofundados e narrativas completas.
  • Revistas digitais: Combinação de texto e imagem, com possibilidade de distribuição em PDF.
  • Canais no YouTube: Excelente para vídeos e conteúdos audiovisuais com grande apelo visual.
  • Jornal impresso ou mural: Opção prática e acessível para distribuição local.
  • Fanzine: Produção artesanal que valoriza a criatividade e a expressão individual.
  • Canais de áudio (podcasts ou rádio): Ótimos para debates, entrevistas e conteúdos temáticos.

Se o objetivo é atingir apenas a comunidade local, formatos impressos ou offline, como rádios e vídeos, podem ser mais eficazes. Por outro lado, se a meta for expandir o alcance para além da escola, plataformas online ou híbridas, com distribuição via internet, são mais adequadas.

Cuidados na implementação

Independentemente do formato escolhido, é fundamental garantir a eficácia e a ética do canal. Para isso:

  1. Respeite os direitos de uso de imagem: Obtenha autorizações sempre que necessário.
  2. Revisão de conteúdo: Certifique-se de que os textos e produções estejam corretos, tanto do ponto de vista ortográfico quanto ético.
  3. Alinhamento com valores educacionais: Assegure que as produções reflitam respeito e responsabilidade social.

A criação de um canal de comunicação no contexto educomunicativo vai além da simples disseminação de informações; ela é um processo educativo em si, que empodera os estudantes e amplia sua capacidade de criar, dialogar e transformar realidades.

Por Carlos Lima - Educomunicador e professor

Imagem: Pixabay


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