Participei do Festival Led Educação um evento que premiou iniciativas em Educação desenvolvidas em várias partes do país. Trouxe diversas debates, palestras e organizações para o Museu do Amanhã um dos cartões postais do Rio de Janeiro. Tive a oportunidade de participar como palestrante para falar sobre o Imprensa Jovem, programa educacional da cidade de São Paulo.
O que me chamou mais atenção foi ouvir as vozes dos jovens. Foi potente e encatadora quando ele e elas de apresentaram no Espaço Ashoka que foi lotando a medida que os jovens de escolas públicas dos projetos Andar, Radio Escola (Rio), Agência de Notícias (Bahia) e Imprensa Jovem (São Paulo), entoavam suas reflexões e questionamentos. Foi verdadeiramente uma partilha ao modo Bem Viver dos Maias
Encantado com a experiência, fiquei me perguntando porque em congressos, seminários e rodas de conversas não podemos ter os jovens participando ativamente? Talvez deveriamos organizar festivais que abriguem a potência das suas vozes. Há uma empatia genuína no que eles dizem e na forma como se expressam. Suas percepções são capazes de ampliar discussões e reflexões sobre qualquer tema.
Antes da nossa participação, crianças e adolescentes entrevistaram uma representante do MEC, com perguntas incríveis. Eles introduziam suas questões trazendo problemas do cotidiano, sugerindo soluções e fazendo questionamentos relevantes. Esses jovens eram parte de projetos de agências de notícias, como a Imprensa Jovem, vindos de diversas regiões do Brasil.
Espaço Ashoka lotado enquanto meninas e meninas davam aula com suas reflexões
Se havia alguma dúvida sobre a competência dos estudantes em fazer demandas e participar de grandes discussões sobre educação, isso ficou claro. Eles demonstraram que as discussões mais importantes podem e devem passar pelo crivo das suas perspectivas.
Produzido por Carlos Lima - Professor e educomunicador
Fotos: Arquivo pessoal Carlos Lima
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