Apesar de seguir um programa curricular, a aula deve ser planejada com empatia, considerando as intenções pedagógicas e as necessidades dos alunos. Afinal, de que adianta entregar conhecimento se ele não ressoa com quem está aprendendo?
A experiência em sala de aula frequentemente segue um “cerimonial” pré-definido: chamada, introdução do conteúdo, explicação, exercício e encerramento. Esses 45 minutos podem ser desmotivadores, especialmente quando o conteúdo é apresentado de forma árida ou distante da realidade do estudante. Não é incomum que muitos não enxerguem a relevância do que estão aprendendo, tornando a aula um momento de desconexão, em vez de inspiração.
E se redesenharmos a aula?
A proposta é adotar processos educomunicativos para transformar a aula em uma experiência mais envolvente. Isso significa comunicar não apenas de forma efetiva, mas também afetiva. O professor pode começar com um contexto significativo, como um brainstorming para mapear os interesses dos estudantes, e seguir por um caminho pedagógico que desperte a curiosidade e promova a apropriação do conteúdo.
Aqui entra o Design Thinking como um aliado poderoso. Essa abordagem centrada no ser humano ajuda a co-criar soluções educativas que tornam o aprendizado mais significativo. Em vez de apenas transmitir o conteúdo, o professor passa a desenvolver experiências que solucionem um problema: "Por que os estudantes não conseguem aprender ou se engajar com este conteúdo?"
O papel do Design Thinking na educação
A metodologia do Design Thinking propõe cinco etapas para criar aulas mais interessantes:
- Empatia: Entender os interesses, desafios e necessidades dos estudantes.
- Definir: Identificar o problema central da aprendizagem.
- Idear: Gerar soluções criativas e colaborativas para tornar o conteúdo mais acessível.
- Prototipar: Criar atividades ou estratégias pedagógicas inovadoras.
- Testar e Implementar: Avaliar as soluções em sala e ajustar conforme necessário.
Essas etapas podem ser aplicadas em colaboração com professores da mesma área do conhecimento ou diretamente com os estudantes. Por exemplo, ao preparar uma formação para avaliações institucionais ou ao desenvolver projetos de intervenção comunitária.
Educomunicação e Design Thinking: um casamento possível
A combinação de Educomunicação com Design Thinking potencializa a criatividade, promove a interação e transforma a aula em um espaço mobilizador. Sai o ambiente rígido e entra um cenário agradável, estimulante e colaborativo. A co-criação não apenas aprimora o design da aula, mas também fortalece o ecossistema comunicativo, conectando o desejo de ensinar do professor ao interesse de aprender do estudante.
O resultado? Uma aula com movimento, que inspira, engaja e prepara o estudante para aplicar o aprendizado em sua vida e comunidade. Essa união de metodologias é um convite para sair da zona de conforto e revolucionar a prática docente.
Então, vamos redesenhar as aulas? Afinal, o desejo de aprender começa com um bom problema a ser resolvido, e o diálogo e a integração são as chaves para alcançá-lo
Por Carlos Lima : Educomunicador é professor
Foto: Pixabay
Acredito que uma aula desenvolvida com a metodologia design thinking seja muito mais significativa para os alunos, especialmente quando combinada com práticas educomunicativas que os sujeitos pesquisam, analisam potencializam e transformam à informação em conhecimento. Ótimo artigo, prof. Carlos!
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