segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Educomunicação no território: O papel dos articuladores no apoio aos projetos

 


Desde 2001, a Educomunicação tem se consolidado como uma política pública pioneira na Rede Municipal de Ensino de São Paulo. Com o lançamento do projeto Educom.Rádio, buscou-se inicialmente reduzir a violência em escolas de territórios vulneráveis, promovendo a comunicação como ferramenta de in9tegração. Nos anos seguintes, o programa Nas Ondas do Rádio ampliou o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), alinhando-se à jornada escolar estendida e fortalecendo o trabalho dos Professores Orientadores de Informática Educativa (POIES). Em 2016, o Imprensa Jovem tornou-se o carro-chefe dessa trajetória, formando crianças e jovens repórteres para promover a comunicação crítica e participativa nas unidades escolares.

Em 2016, a reorganização administrativa fortaleceu ainda mais a presença da Educomunicação nos territórios e transformou o programa Nas Ondas do Radio em um setor. Nucleo de Educomunicação  passou a integrar as Núcleo Tecnico Currículo, desempenhando  papel importa na formação de educadores.

 Atualmente integrado  a Divisão de Gestão Democrática e Parcerias Intersetoriais (DIGP), o Núcleo de Educomunicação passou a colaborar diretamente com as instancias de participação, em especial com GrêmiosEscolaares, os Professores  Orientadores de Educação Digital (POEDs) e formadores da DICEU e DIPED/TPA. Essa parceria estratégica busca ampliar o alcance dos projetos, apoiar as escolas e promover o protagonismo estudantil em diversas linguagens midiáticas, como rádio, audiovisual, fotografia, HQs e mídias sociais.

O articulador de Educomunicação desempenha um papel fundamental nesse processo. Sua missão vai além da implementação dos projetos: é preciso apoiar os professores, mediar diálogos com os setores pedagógicos e incentivar a integração da Educomunicação às práticas escolares. Para isso, o articulador precisa dominar a gestão de processos educomunicativos, entender as dinâmicas de participação estudantil e fortalecer os vínculos com a comunidade escolar. Esse trabalho conjunto não apenas potencializa o impacto dos projetos, mas também contribui para a formação de estudantes críticos e participativos.

A organização de formações e eventos também é uma das responsabilidades-chave do articulador. Cursos, oficinas e palestras com especialistas em Educomunicação são essenciais para capacitar professores e ampliar as possibilidades pedagógicas nas escolas. Além disso, o registro e o monitoramento dos projetos são fundamentais para mensurar seu impacto e gerar dados que contribuam para o desenvolvimento de novas estratégias. Esse movimento fortalece a Educomunicação como uma ferramenta dinâmica, adaptável e de grande relevância para a educação integral.

Com uma trajetória de mais de duas décadas, a Educomunicação se mostra uma política pública transformadora. Os articuladores garantem que  professores tenham acesso a práticas que integram expressão, criatividade e criticidade aos projetos. Esse trabalho conjunto faz da comunicação uma poderosa aliada na construção de uma escola mais inclusiva, democrática e conectada com os desafios do século XXI.

Por Carlos Lima - Educomunicador e Professor

Imagem : Acervo Imprensa Jovem 

 

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