sábado, 10 de maio de 2025

Vergonha dá. Mas ir ao urologista é fundamental.

Hoje fiz meu segundo exame de toque. O primeiro foi a 2 anos atras e na época fui orientado a fazer acompanhamento anual pela médica. Por que falo sobre isso? Porque, durante a consulta, conversei com a médica que me atendeu, e ela explicou que o toque retal ainda é um dos métodos mais eficazes para identificar alterações na glândula prostática — como aumento de volume — que podem ser um indicativo de câncer. É um exame simples, rápido e feito com todo o cuidado. 

Você abaixa as calças e a roupa íntima, deita de bruços na maca, recebe um gel gelado, e em poucos segundos, com um único dedo, o médico ou médica realiza o exame. É desconfortável, sim, mas não dói. E, acima de tudo, pode salvar vidas.

Conversei com a médica e me senti respeitado e acolhido. Tudo consensual. Para quem, como eu, teve um avô que faleceu de câncer de próstata por recusar o exame por medo ou vergonha, sei o quanto isso pode custar caro. O sofrimento que ele enfrentou poderia ter sido evitado com um diagnóstico precoce.

O câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). De acordo com o Instituto Nacional do Cancer (INCA), são estimados cerca de 71 mil novos casos por ano, e mais de 16 mil mortes ocorrem anualmente em decorrência da doença.

A orientação médica é que homens a partir dos 50 anos realizem exames periódicos, incluindo o toque retal e o exame de PSA (Antígeno Prostático Específico). Para aqueles com histórico familiar da doença, a recomendação é iniciar aos 45 anos. (saiba mais)

O cuidado com a saúde do homem envolve também o cuidado com a saúde sexual, a qualidade de vida e o envelhecimento com dignidade. Essa parte do corpo, muitas vezes tratada como tabu, precisa de atenção e respeito — principalmente de nós mesmos.

O constrangimento dura segundos. O cuidado, esse sim, é para a vida toda. Melhor cuidar da sáude do que  da doença. 

A propósito, fui atendido no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, onde fui atendido muito bem atendido. 

Por Carlos Lima - Educomunicador e professor

Imagem: Campanha novembro azul (Reprodução/ Roynews)


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