Ontem concluímos mais uma etapa de nossa experiência de imersão com educadores da Rede Municipal de Ensino. Foi um sábado inteiro de trabalho intenso, dedicado ao desenvolvimento de aulas práticas de Educomunicação voltadas para a implementação do Programa Imprensa Jovem.
Diferente do encontro anterior, em que o foco esteve nos projetos de ampliação da jornada escolar, desta vez nos debruçamos sobre a criação de propostas de aulas. O desafio foi entender como os professores receberiam essa novidade. Sempre acreditei que é possível. Em 1997, realizei minha primeira experiência nesse sentido: utilizei a produção de programas de rádio para ensinar literatura no Ensino Médio e conseguimos ocupar um bimestre inteiro. Aquele ensaio serviu como base para perceber como os docentes se posicionariam diante de uma proposta formativa inovadora.
Nesta edição, contamos com a presença de 21 professores de diferentes escolas da cidade. A formação foi marcada por diálogos intensos, atividades práticas e, principalmente, pelo uso do RAE – Roteiro de Atividade Educomunicativa, ferramenta que orientou a criação de diversas produções ao longo do dia. O resultado foi muito positivo: os participantes saíram satisfeitos e motivados, e a expressão de felicidade durante as atividades ajudou a fortalecer a conexão entre todos.
Também tivemos três paradas estratégicas para conversas informais: dois cafés coletivos e um almoço compartilhado. Esses momentos, somados à arquitetura da sala com mesas integradas, favoreceram a troca de experiências entre os professores. Nosso time de condução também regulou bem os tempos de fala, garantindo espaço para participação ativa dos educadores.
A potência desse encontro fica ainda mais clara nas palavras das professoras participantes:
“Oi, sou a Allana Felix, Professora de Apoio Pedagógico na EMEF Chiquinha Rodrigues. Venho fazer um breve relato após participar da formação de Imprensa Jovem - imersão, ministrada pelos professores Carlos e Clayton. Foi um curso prático e muito enriquecedor de educomunicação, onde pudemos vivenciar na prática tudo que aprendemos do começo ao fim da formação. Agora, saio me sentindo mais repertoriada e segura para implementar e apoiar o desenvolvimento da Imprensa Jovem na escola em que atuo, junto aos meus pares. Espero que haja mais formações como a de hoje e que os projetos de Educomunicação se tornem realidade em todas as escolas da rede.”
“Carlos, Clayton, muito obrigada pela oportunidade de poder participar desse dia tão rico em aprendizado e conhecimento. É muito raro termos formações que oportunizem conhecimentos práticos e de real utilidade na nossa prática com os estudantes no cotidiano escolar. Essa imersão que tivemos hoje, com certeza, nos trouxe repertório para realizarmos um trabalho com o Imprensa Jovem de muito significado e potência. Agradeço de coração.”
— Camila, EMEF Rodrigo Mello Franco de Andrade – DRE São Mateus
O mais importante é que o encontro formativo não termina aqui. Saímos com a possibilidade de uso de uma plataforma pronta (Curso Autoinstrucional Imprensa Jovem) para aprimorar e desenvolver novas aulas junto aos estudantes. Quando falamos em aulas de Educomunicação dentro da Educação Integral, não usamos a ideia de "disciplina" — até porque não é a linguagem da Rede —, mas acreditamos firmemente que essa proposta pode ganhar corpo e transformar a prática pedagógica.
Realizei a formação em parceria com o professor Clayton Scarcella ambos da COCEU I DIGP - Educomunicação.
Por Carlos Lima: Educomunicador e professor
Fotos: Carlos Lima e Clayton Scarcella
Parabéns galera, top demais?
ResponderExcluirJuliana Gurgel maravilhosa, minha parceira de Led. Carlos Lima e Clayton vocês são incríveis!
ResponderExcluirCarlos,
ResponderExcluirQual será a dimensão da presença da Educomunicação no currículo do ensino Integral?
Você acredita que, no futuro, haveria a possibilidade de concursos para a contratação de Licenciados em Educom.?
A Educação Integral integra um Território Educativo exclusivo para prática da Educomunicação. O Território Comunicação, Oralidade e Novas Linguagens é previsto como possibilidades de desenvolver aulas para estudantes do Ensino Fundamental. Atualmente as aulas são oferecidas para crianças do 1o ao 3o ano no que chamamos de Ciclo de Alfabetização. Entre as estratégias para oferecer conteúdo e atividades, o previstos no projeto Agência de Notícias Imprensa Jovem na modalidade Imprensa Mirim. Porém o professor pode oferecer conteudos foco em mídias específicas e suas tecnologias. A proposta de formar professores para atuar como docentes tem sido a solução para o desenvolvimento da ação educativa. Assim como os Professores Orientadores de Educação Digital que tem aulas , ambos são professores de algum componente curricular. A aulas de Educomunicação na Educação Integral serão composições de jornada de professores interessados. Sobre o profissional de Educomunicação vejo como um futuro articulador pedagógico regional para apoiar pedagogicamente o professor seja que desenvolvam aulas ou projetos de ampliação da jornada. Há um caminho que precisamos trilhar e descobrir para ver como articular este profissional. Mas podemos iniciar processos de integração dos futuros profissionais em atividades de aproximação com a escola, como estágios, programas de extensão universitária. Penso que o profissional da Educomunicação é muito necessário na escola. Vamos pensar juntos em um projeto político?
ResponderExcluirSim, Carlos, vamos pensar juntos!
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