quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Como Começa o Ano a Educomunicação na Rede Municipal de Ensino?

 


A Educomunicação, consolidada como política pública há mais de duas décadas, está presente em todas as modalidades de ensino na Rede Municipal de São Paulo. Com cerca de 400 escolas atendidas por diferentes estratégias pedagógicas, a Educomunicação amplia as possibilidades de ensino e aprendizagem, fortalecendo a expressão dos estudantes e promovendo o uso crítico e criativo das mídias.

No blog, já discutimos a articulação da Educomunicação com programas de Educação Integral, o impacto das ações no Ensino Infantil, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Mas como atender essa diversidade de públicos? Como incorporar diferentes linguagens e projetos? Como integrar a Educomunicação ao currículo escolar de forma significativa?

A resposta está no tripé de atuação do Núcleo de Educomunicação, que orienta todas as ações ao longo do ano:

  • Desenvolvimento de Projetos
  • Formação de Educadores
  • Protagonismo Estudantil

Trabalhar com diversidade é um desafio, mas a escuta ativa é essencial para garantir inclusão e participação de todos. Personalizar o atendimento e criar soluções que simplifiquem os processos é o caminho para fortalecer os projetos educomunicativos na Rede.

Educomunicação e Aprendizagem

A Educomunicação, por sua natureza transdisciplinar, pode ser integrada a qualquer área do conhecimento, utilizando linguagens midiáticas para potencializar as aprendizagens. O Núcleo Educomunicação apresentou  as propostas de ação para representantes das Diretorias Refionais de Educação  que atuam em ações de Saúde, Direitos Humanos, Gestão Democrática, Esporte e Cultura e Educomunicação reforçando o compromisso com as metas educacionais da cidade:

  • Ampliar a Educação Integral com qualidade
  • Apoiar as aprendizagens e melhorar os índices do IDEB
  • Promover o desenvolvimento das aprendizagens na idade certa

A grande questão é: como a Educomunicação pode contribuir para essas metas?

1. Desenvolvimento de Projetos

Para facilitar a implementação de novos projetos, o Núcleo de Educomunicação estruturou um sistema simplificado de cadastramento e avaliação de projetos. A ferramenta permite gerar relatórios de forma rápida e eficiente, oferecendo um panorama atualizado das ações em cada território. Isso facilita o acompanhamento das iniciativas e fortalece a tomada de decisão.

2. Conteúdo e Formação

Para consolidar a Educomunicação como uma proposta curricular, a Rede Municipal contará com o documento Orientações Pedagógicas de Educomunicação, que reúne conceitos, histórico, práticas e sugestões de projetos alinhado ao Currículo da Cidade de São Paulo. 

Além disso, ao longo dos anos, foram desenvolvidos 22 cursos de formação abordando diferentes abordagens educomunicativas, como:

  • Gestão da Comunicação e Projetos
  • Produção midiática (Rádio, Fotografia, Audiovisual, Cinema, Jornal, HQ, Podcast)
  • Imprensa Jovem
  • Direitos Autorais e Linguagem Simples

Os cursos são oferecidos online (EAD) e alguns utilizam inteligência artificial (IA) para personalizar a experiência de aprendizagem. Além disso, há formações presenciais, aulões e oficinas com especialistas contratados via edital de credenciamento. A participação nas formações conta pontos para a evolução na carreira dos professores.

3. Protagonismo Estudantil e Difusão da Comunicação

O Programa Imprensa Jovem, consolidado ao longo dos anos, mantém diversos canais de comunicação ativa para os estudantes, indo além das tradicionais coberturas jornalísticas de eventos. Entre os principais projetos, destacam-se:

  • Imprensa Jovem no Ar: Programa semanal na TV Cultura, roteirizado e apresentado pelos estudantes, trazendo temas de interesse juvenil com uma linguagem própria.
  • PodConversar: Podcasts produzidos ao vivo nos LEDs das escolas e em eventos da Secretaria Municipal de Educação, com convidados que discutem temas diversos.
  • Revista Imprensa Jovem: Projeto inovador em parceria com o curso de Jornalismo do Instituto Metodista, permitindo que estudantes da escola pública e da universidade produzam uma revista semestral voltada ao público jovem. A iniciativa cresceu tanto que virou um curso de extensão universitária.

Com oito edições em quatro anos, a revista é produzida em oficinas, com reuniões de pauta nas escolas e no ambiente digital. Agora, há a possibilidade de impressão da publicação, ampliando seu alcance.

4. Acompanhamento e Consultoria Pedagógica

Para garantir o sucesso das ações educomunicativas, é essencial oferecer suporte contínuo aos professores. O Núcleo de Educomunicação irá promover:

  • Visitas técnicas às escolas para assessoria direta a educadores e estudantes.
  • Reuniões formativas em encontros pedagógicos para aprofundamento das práticas.
  • Meetups mensais com os articuladores territoriais de Educomunicação das Diretorias Regionais de Educação (DREs), promovendo um espaço de diálogo e troca de experiências.

Educomunicação para Todos

As ações educomunicativas na Rede têm um objetivo claro: promover aprendizagens significativas e garantir que os estudantes sejam protagonistas de sua própria formação.

Com uma abordagem inovadora, transdisciplinar e alinhada às demandas do século XXI, a Educomunicação segue transformando o ambiente escolar, conectando as vozes dos estudantes aos desafios e possibilidades do mundo contemporâneo.

E você, como vê a Educomunicação em sua escola? Compartilhe conosco suas experiências e reflexões!

Por Carlos Lima - Educomunicador e professor

Foto:  Reunião de alinhamento das ações de Educomunicação com representantes das Diretorias Regionais de Educação 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Agência de Checagem de Notícias na escola


As fake news (notícias falsas) são informações fabricadas para enganar as pessoas. Muitas vezes, elas são criadas para manipular opiniões, espalhar desinformação ou até mesmo influenciar decisões políticas e sociais. No mundo digital de hoje, onde recebemos notícias a todo momento, é essencial desenvolver um olhar crítico para identificar o que é verdadeiro e o que é falso.

Nesse contexto, a escola tem um papel fundamental na formação de estudantes capazes de reconhecer fake news e consumir informações de maneira consciente. Muitas crianças e adolescentes acessam conteúdos por meio das redes sociais, como Instagram, TikTok e YouTube, onde nem sempre as informações são verificadas. Por isso, ensinar habilidades de checagem é uma estratégia importante para combater a desinformação.

Como trabalhar fake news com crianças e adolescentes na sala de aula?

O primeiro passo é explicar de forma simples o que são fake news, garantindo que os alunos compreendam o conceito. Depois, é essencial mostrar quais critérios tornam uma notícia confiável. Para isso, o professor pode levar uma notícia verdadeira e analisar com a turma os seguintes aspectos:

1) Qual é a fonte da notícia?

Foi publicada em um veículo confiável, como Folha de S.Paulo, CNN, O Globo ou outros jornais reconhecidos? Ou veio de um site desconhecido, um post no WhatsApp ou uma página sem credibilidade?

2) Quando a notícia foi publicada?

Verificar a data da publicação é essencial! Muitas vezes, uma notícia pode ser verdadeira, mas já está desatualizada, sendo usada para enganar as pessoas.

3) Quem escreveu a matéria?

Uma notícia confiável normalmente tem autoria identificada e traz fontes especializadas, como jornalistas, pesquisadores ou autoridades no assunto.

4) A notícia tem erros de português?

Muitos sites que espalham fake news apresentam erros de ortografia e gramática, o que pode ser um sinal de que a informação não passou por uma verificação profissional.

5) Outros veículos de imprensa divulgaram a mesma informação?

Se a notícia for verdadeira, ela não estará apenas em um único site, mas também em outros portais confiáveis. Pesquisar antes de acreditar é essencial.

6) Regra de ouro: Nunca compartilhe antes de checar!

Se houver qualquer dúvida sobre a veracidade da informação, não compartilhe. Espalhar fake news pode causar desinformação e até prejudicar outras pessoas.

Ao seguir essas dicas, os estudantes estarão mais preparados para identificar notícias falsas e contribuir para um ambiente digital mais confiável. Além disso, podem compartilhar esse conhecimento com amigos e familiares, ajudando a combater a desinformação.

Para quem deseja aprender mais sobre o tema, vale conferir o site Vaza Falsiane (vazafalsiane.com), que oferece um curso gratuito sobre fake news e checagem de fatos.

Vamos juntos construir uma internet mais segura e informada!

Baseado no texto 

O que são fake news e como trabalhar com elas na sala de aula?

Por Lucas M, EMEF CEU Casablanca – DRE Campo Limpo, São Paulo (SP)

Publicado no site Jornal Joca 


Foto: Acervo Imprensa Jovem

Fotojornalismo na Educação


Uma imagem vale mais que mil palavras! Já ouviu essa frase? A fotografia tem o poder de contar histórias, registrar momentos e transmitir emoções. No contexto escolar, o fotojornalismo pode ser uma ferramenta incrível para desenvolver o olhar crítico dos estudantes e fortalecer a comunicação visual.

Nesta Receita Educomunicativa, vamos aprender a produzir fotos jornalísticas de qualidade, explorando técnicas de enquadramento, ângulos e iluminação.

📷 Passo 1: O que é Fotojornalismo?

O fotojornalismo é um tipo de fotografia voltado para contar histórias por meio de imagens. Ele é muito utilizado em jornais, revistas e blogs, e tem até prêmios internacionais, como o World Press Photo.

Na escola, essa técnica pode ser usada para cobrir eventos, documentar projetos e até criar reportagens estudantis para o blog ou redes sociais.

🎯 Passo 2: Como Produzir uma Boa Foto Jornalística?

Para que uma foto realmente conte uma história, alguns cuidados são essenciais:

Escolha um tema: Antes de fotografar, defina o que deseja mostrar. Isso ajudará a capturar imagens mais significativas.

Enquadramento certo: O enquadramento direciona o olhar de quem vê a foto. Você pode escolher planos mais abertos (panorâmicos) ou fechados (detalhes). No final do texto explicação sobre planos de imagens.


Use diferentes ângulos: O jeito como a câmera está posicionada pode mudar a percepção da imagem:

  • 📌 De cima para baixo → Transmite sensação de fragilidade.
  • 📌 De baixo para cima → Dá um ar de imponência ao fotografado.
  • 📌 De frente → Torna a imagem mais objetiva.
  • 📌 De costas → Pode criar mistério e curiosidade.

Regra dos Terços: Imagine sua foto dividida em uma grade de 9 partes. Os elementos mais importantes devem estar nos pontos de interseção das linhas para criar equilíbrio e harmonia.


Atenção ao cenário: O fundo da foto faz parte da composição. Escolha um cenário que valorize o assunto principal e evite distrações.

Iluminação adequada: A luz deve estar equilibrada – nem muito forte, nem muito fraca. Sempre observe a direção da luz natural ou use fontes de iluminação artificial para melhorar a visibilidade.

🛠️ Passo 3: O que Precisamos?

Para começar a fotografar, é necessário ter:

📱 Celular ou câmera fotográfica – Ambos podem ser usados para capturar boas imagens.

💻 Editor de fotos – Programas ou aplicativos podem ser usados para ajustes básicos, como brilho, contraste e recorte.

📜 Autorização de uso de imagem – Antes de publicar uma foto com pessoas, é importante garantir que todos autorizem o uso da imagem.

📏 Resolução adequada:

  • Para blogs e redes sociais → Fotos com pelo menos 1 MB de qualidade.
  • Para jornais impressos ou vídeos → No mínimo 5 MB para manter a nitidez.

🖊 Legenda – Toda foto publicada precisa de uma legenda para contextualizar a imagem e explicar o que está sendo mostrado.

🚀 Pronto para Fotografar?

O fotojornalismo é uma forma incrível de expressar ideias e registrar momentos importantes. Agora que você conhece os princípios básicos, que tal começar a praticar? Escolha um tema, explore os enquadramentos e compartilhe as fotos da  sua turma em uma mostra fotogrática na  sua escola!

📢 Dica bônus: Publique suas fotos no blog da escola e compartilhe nas redes sociais. Assim, mais pessoas poderão acompanhar o trabalho educomunicativo!

Para saber mais

📷Tipos de planos fotográficos e como usá-los

1️⃣ Plano Geral (ou Longo)

📌 O que é?

  • Mostra um grande cenário, incluindo várias pessoas ou objetos.
  • O sujeito da foto aparece pequeno em relação ao ambiente.

📌 Quando usar?

  • Para mostrar o contexto de um evento na escola, como uma feira de ciências, uma apresentação teatral ou uma manifestação estudantil.
  • Para registrar uma paisagem ou um espaço amplo.

📌 Exemplo:
Uma foto que mostra toda a quadra da escola durante um campeonato esportivo, capturando jogadores, torcida e cenário.

2️⃣ Plano Médio

📌 O que é?

  • Mostra a pessoa da cintura para cima ou um objeto em sua totalidade.
  • Equilibra contexto e detalhes, permitindo ver expressões e gestos.

📌 Quando usar?

  • Para entrevistas e depoimentos de estudantes e professores.
  • Para registrar atividades em sala de aula sem perder o ambiente ao redor.

📌 Exemplo:
Uma estudante segurando um cartaz de um projeto escolar, com a sala de aula ao fundo.

3️⃣ Plano Americano (ou Três Quartos)

📌 O que é?

  • Mostra a pessoa dos joelhos para cima.
  • Foi muito usado em filmes de faroeste para mostrar pistoleiros, por isso o nome "americano".

📌 Quando usar?

  • Para retratos mais dinâmicos, onde o fotógrafo quer destacar a expressão corporal.
  • Para mostrar estudantes ou professores em ação, como alguém explicando algo no quadro ou segurando um microfone em uma entrevista.

📌 Exemplo:
Um estudante entrevistando um colega com um microfone, capturando sua expressão e parte do ambiente ao redor.

4️⃣ Primeiro Plano (ou Plano Próximo)

📌 O que é?

  • Mostra o rosto da pessoa do peito para cima.
  • Foca nas expressões e emoções.

📌 Quando usar?

  • Para destacar emoções como alegria, surpresa, concentração.
  • Em entrevistas para capturar a expressão facial do entrevistado.

📌 Exemplo:
O rosto de uma professora sorrindo enquanto fala sobre um projeto.

5️⃣ Plano Detalhe

📌 O que é?

  • Mostra apenas um detalhe específico, como um objeto, uma mão escrevendo, um olhar.
  • Remove o contexto para chamar atenção ao elemento principal.

📌 Quando usar?

  • Para focar em algo importante na história, como uma câmera na mão de um estudante repórter ou um livro sendo lido.
  • Para criar imagens expressivas e artísticas.

📌 Exemplo:
Uma mão segurando um microfone com o logo do Imprensa Jovem.

🔄 Como Usar os Planos na Prática?

1️⃣ Antes de fotografar, pense na mensagem que quer passar.
2️⃣ Escolha o plano certo para destacar o que é mais importante na cena.
3️⃣ Experimente combinar planos diferentes para criar uma narrativa visual.
4️⃣ No fotojornalismo, use o plano detalhe para dar ênfase e o plano geral para mostrar o ambiente.


E aí, qual será a sua primeira foto jornalística? 📸


Por Carlos Lima - Educomunicador e professor

Foto: Acervo Imprensa Jovem 

Como Produzir um Blog na Educação

 



Criar um blog na escola pode ser uma experiência transformadora para os estudantes. Ele permite a troca de conhecimentos, o desenvolvimento da escrita e a ampliação do repertório digital. Além disso, é uma forma de dar voz aos jovens, permitindo que expressem ideias e compartilhem descobertas de forma colaborativa.

Mas, afinal, como estruturar um blog educativo? Nesta Receita Educomunicativa, vamos mostrar o passo a passo para planejar, produzir e publicar textos em um blog, garantindo um conteúdo envolvente e bem organizado.

Passo 1: Definir o Tema

Antes de começar, é essencial escolher um assunto bem definido. Se o tema for muito amplo, o texto pode se tornar extenso e perder o interesse do leitor. Uma boa estratégia é eleger um recorte específico dentro de um tema maior.

Exemplo:
✔️ Tema amplo: Meio ambiente
✔️ Tema específico: Como reduzir o desperdício de água na escola

Passo 2: Estruturar o Conteúdo

Um bom post de blog segue uma estrutura básica:

  1. Título – Deve ser direto e chamativo.
  2. Lead (introdução) – Um parágrafo curto que apresenta o tema e desperta o interesse do leitor.
  3. Desenvolvimento – Corpo do texto, com argumentos e explicações.
  4. Imagem – Ilustra o tema e torna o post mais atraente.
  5. Links – Palavras-chave podem ser hiperlinkadas para aprofundar o conteúdo.
  6. Conclusão e assinatura – Fechamento do texto e nome do autor ou equipe.

Dicas:
✔️ Utilize linguagem clara e objetiva.
✔️ Escreva frases curtas e diretas para tornar a leitura fluida.
✔️ Evite parágrafos longos (máximo de 5 frases por parágrafo).

Passo 3: Criando e Publicando o Blog

Agora que o texto está pronto, é hora de escolher onde publicá-lo. Existem diversas plataformas gratuitas, como:

  • Blogger (Google)
  • WordPress
  • Medium

Ao configurar o blog, siga estas recomendações:
✔️ Escolha um design clean, com fundo neutro para facilitar a leitura (branco ou preto).
✔️ Evite fontes serifadas (como Times New Roman), prefira Arial.
✔️ Se precisar usar siglas, explique seu significado na primeira vez que aparecerem.
✔️ Adicione informações sobre o projeto ou equipe responsável pelo blog.
✔️ Inclua formas de contato e interatividade, como campo de comentários.

Passo 4: Divulgando os Posts

Para que o blog tenha visibilidade, é importante compartilhar os textos em redes sociais e outros canais digitais. Algumas estratégias incluem:

✔️ Criar postagens curtas com links para o blog no Instagram, Facebook e LinkedIn.
✔️ Produzir pequenos vídeos ou cards com trechos do post para gerar engajamento.
✔️ Incentivar a participação dos leitores por meio de enquetes e perguntas.

O que os estudantes aprendem com essa experiência?

✔ Desenvolvimento da escrita e interpretação de textos.
✔ Uso consciente da internet e das redes sociais.
✔ Trabalho em equipe e comunicação digital.
✔ Apropriação da cultura digital e educomunicativa.

Criar um blog na escola é uma excelente forma de estimular o protagonismo dos estudantes, conectando aprendizado, criatividade e cidadania digital. Que tal começar agora?

Para aprofundar os conhecimentos acesse a crônica educomunicativa

"Vale a pena criar um Blog? Descubra o potencial pedagógico desta ferramenta" Clique aqui

Por Carlos Lima- Educomunicador e professor

Foto: Criação de conteúdos Campus Party 2008

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Audiovisual na Educação – Como Produzir um Mini Documentário em Sala de Aula


Assistir a um vídeo é uma experiência poderosa: além de transmitir informações, ele gera conexão emocional e facilita a compreensão de diversos temas. Filmes, animações, reportagens e desenhos costumam ser vistos como entretenimento, mas também podem ser ferramentas educativas valiosas.

Agora, imagine não apenas assistir, mas produzir vídeos! Esse processo envolve criatividade, planejamento e escolhas estratégicas para comunicar uma mensagem de forma envolvente. Nesta Receita Educomunicativa, vamos mostrar como criar um mini documentário em sala de aula, transformando o aprendizado em uma experiência dinâmica e interativa.

Preparação – O que você vai precisar?

  1. Um tema relevante – Escolha um assunto significativo que possa ser explorado visualmente.
  2. Pesquisa de fontes – Levante informações, reúna fotos, vídeos e identifique pessoas que possam contribuir com diferentes pontos de vista.
  3. Criação do roteiro – Estruture a narrativa, definindo quais imagens e depoimentos serão captados.
  4. Captação dinâmica – Grave imagens em diferentes locais e planos para tornar o vídeo visualmente interessante.
  5. Storyboard – Desenhe um esboço das cenas para orientar a equipe na gravação.
  6. Equipamentos de gravação – Utilize câmera fotográfica, gravador de áudio ou um celular com fones de ouvido para captar o som com melhor qualidade.
  7. Autorizações de imagem – Certifique-se de obter permissão de todos os entrevistados.
  8. Organização dos arquivos – Crie uma pasta virtual para armazenar os vídeos e fotos devidamente nomeados, facilitando a edição.
  9. Edição do vídeo – Utilize aplicativos como CapCut, DaVinci Resolve ou OpenShot para montagem do material.
  10. Conteúdos livres de direitos autorais – Se for necessário incluir músicas ou imagens adicionais, opte por conteúdos licenciados para uso educacional.

Modo de Desenvolvimento

  1. Definição da abordagem

    • O documentário deve partir das inquietações dos estudantes e buscar responder a perguntas que façam sentido para eles.
    • O enredo precisa ser dinâmico e emocionalmente envolvente.
  2. Criação do roteiro

    • Elabore perguntas que orientem a narrativa.
    • Pense em uma estrutura clara: início, meio e fim.
  3. Captação de imagens e depoimentos

    • Utilize diferentes ângulos e planos para tornar o vídeo mais atrativo.
    • Faça cortes estratégicos nas falas para manter a fluidez da narrativa.
  4. Edição e finalização

    • Insira trilha sonora para ambientar a história.
    • Inclua introdução e encerramento para dar unidade ao vídeo.

Exemplo de Escaleta

Antes de começar a gravar, é essencial contar a história em poucas linhas para guiar a produção.

Exemplo:

"O curta 'Volta às Aulas' retrata os desafios e histórias de adultos que retornaram aos estudos na EJA. A narrativa se passa em uma escola e acompanha três personagens que compartilham suas experiências e dificuldades ao retomar a jornada educacional."

A partir dessa escaleta, é possível definir:
✔️ O que precisa ser gravado
✔️ Quais perguntas serão feitas
✔️ Quem serão os entrevistados

Tempo e Organização da Atividade

  • Aula 1 – Introdução ao tema e escolha do assunto
  • Aula 2 – Planejamento e criação do roteiro
  • Aulas 3 a 5 – Produção e gravação do material

💡 Grupos de 5 a 7 participantes permitem uma melhor divisão de funções.

O que os estudantes aprendem com essa experiência?

✔ Apropriação de conhecimentos curriculares
✔ Desenvolvimento de habilidades tecnológicas
✔ Aprimoramento da pesquisa e da criatividade
✔ Trabalho em equipe e protagonismo estudantil

Que tal experimentar essa receita educomunicativa na sua escola? 🎬✨

Por Carlos Lima: Educomunicador e professor 

Foto: Imprensa Jovem 


Rádio na Educação – Como Produzir um Podcast em Sala de Aula



A juventude de hoje adora podcasts! Ouvir bate-papos sobre temas variados se tornou um hábito entre adolescentes e até crianças. Então, por que não levar essa linguagem para a sala de aula? Nesta primeira receita educomunicativa, vamos explorar como produzir um podcast com os estudantes, trazendo temas curriculares de forma dinâmica e envolvente.

Preparação – O que você vai precisar?

  1. Um tema relevante – Escolha um assunto interessante que esteja alinhado ao currículo e desperte curiosidade nos alunos.
  2. Um roteiro bem estruturado – Pense no podcast como uma conversa entre amigos. Sugestão de estrutura:
    • Saudação e apresentação dos participantes
    • Introdução do tema
    • Perguntas ao convidado ou entre os alunos
    • Agradecimentos e despedida
  3. Equipamentos básicos – Utilize um notebook para gravar. Se possível, conecte um microfone externo ou fone de ouvido para melhorar a qualidade do áudio.
  4. Ferramentas de gravação – O próprio aplicativo de gravação de áudio ou vídeo do computador pode ser utilizado. Outras opções incluem softwares gratuitos de edição e gravação.
  5. Distribuição de funções – Defina papéis entre os alunos: apresentador(a), entrevistadores, operadores de som e editores.
  6. Convidados especiais – Envolva professores ou especialistas no tema para tornar o programa ainda mais interessante.

Modo de Desenvolvimento

  1. Criação do roteiro e preparação

    • Oriente os estudantes a desenvolver perguntas gerais e específicas.
    • O ideal é começar com perguntas mais amplas e, ao longo da conversa, aprofundar no tema.
  2. Gravação do podcast

    • Mantenha um clima descontraído e amigável, favorecendo a interação.
    • O tempo pode variar entre 5 e 10 minutos, dependendo da complexidade do tema.
  3. Edição e finalização

    • Utilize aplicativos como CapCut ou Audacity para incluir trilhas sonoras e pequenos ajustes na gravação.
    • Incentive a criatividade com efeitos sonoros produzidos pelos próprios estudantes, usando objetos ou até a própria voz.
  4. Divulgação e socialização

    • Compartilhe o podcast com a comunidade escolar! Ele pode ser apresentado em sala, publicado em plataformas de áudio ou enviado para grupos da escola.

Tempo e Organização da Atividade

  • Aula 1 – Ambientação e escolha do tema
  • Aula 2 – Planejamento e criação do roteiro
  • Aula 3 – Produção e gravação

💡 Grupos de 3 a 5 estudantes facilitam a participação e a divisão de tarefas.

O que os estudantes aprendem com essa experiência?

✔ Apropriação de conhecimentos curriculares
✔ Desenvolvimento da escrita e da oralidade
✔ Fortalecimento da pesquisa e argumentação
✔ Trabalho em equipe e protagonismo juvenil

Que tal experimentar essa receita educomunicativa na sua escola? 🚀🎙️


Por Carlos Lima - Professor e Educomunicador

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Mudanças na relação comunitária, onde as relações humanas se perderam ?

Recordo os aniversários da infância, que mais se assemelhavam a encontros comunitários. Naquela época, não nos importávamos com os presentes, mas com a possibilidade de saborear uma Coca-Cola – algo raro, mesmo aos domingos durante o almoço em família. As crianças da rua eram sempre convidadas a participar daquele momento festivo.

Hoje, no playground do condomínio, uma criança perguntou à mãe se poderia ir à festa realizada no salão de festas, logo ao lado – a celebração da família de um de seus amiguinhos. A mãe respondeu que ele não poderia ir, pois não havia sido convidado, e logo acrescentou: "Vamos subir, vamos à praça aqui do lado."

Assim, a criança passou em frente à festa e ao pula-pula, quando seus coleguinhas o chamaram: "Vem para a minha festa!" Ele, então, replicou: "Minha mãe vai me levar à praça."

Fico imaginando como, hoje em dia, a cultura dos condomínios se tornou tão privativa que, mesmo morando no mesmo prédio, muitos sequer conhecem os vizinhos imediatos. Na nossa infância, até mesmo quando um parente falecia, nos reuníamos em casa e pessoas de todas as ruas se juntavam para se despedir daquele que um dia fez parte do nosso cotidiano. As mães preparayvam café e bolo para receber a todos, e acompanhávamos, em cortejo, o sepultamento dos entes queridos até o cemitério.


Crônica inspirada no post de Antônio Silwa da obra: 
Festa de Aniversário de 6 anos de Renatinha de Afonso Pimenta (na @pinacotecasp)

O mundo vem mudando consideravelmente, e as relações humanas parecem se restringir a círculos cada vez mais reduzidos.


Por Carlos Lima: Educomunicador e professor

Foto: Afonso Pimenta, 1988

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Como validar minha ação educomunicativa na escola? Preciso criar um projeto ?


Na Rede Municipal de Ensino de São Paulo, as unidades educacionais podem desenvolver projetos e aulas de Educomunicação para estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio. No entanto, para garantir a efetividade dessas ações, é essencial validá-las dentro das normativas da rede. Existem quatro principais estratégias para desenvolver a Educomunicação na escola. Vamos apresentar cada uma delas e explicar como formalizar sua implantação.

Ampliação da Jornada Escolar

Uma das possibilidades para inserir a Educomunicação na escola é por meio do projeto Mais Educação São Paulo, que permite aos estudantes chegarem mais cedo ou saírem mais tarde para realizar atividades ligadas às linguagens midiáticas. Para isso, o professor deve elaborar um projeto pedagógico detalhado contendo:

  • Título
  • Justificativa
  • Objetivos
  • Metodologia
  • Recursos
  • Avaliação
  • Nome dos estudantes participantes (mínimo de 20 estudantes)
  • Cronograma
  • Bibliografia

Esse documento deve ser submetido à gestão escolar para análise e aprovação, garantindo sua inserção dentro das possibilidades de ampliação da jornada escolar.  Falamos a Educomunicação na crônica educomunicativa:

"Manual para elaborar projetos de Educomunicação: Passo a passo e orientações" acesse

Complementação da Jornada

Essa modalidade é específica para os Professores Orientadores de Educação Digital (POEDs) e segue um processo semelhante ao da Ampliação da Jornada. O POED deve elaborar um projeto sistematizado e detalhado, como no Mais Educação, e submetê-lo à direção da escola.

Diferentemente da ampliação, o projeto de complementação da jornada tem como objetivo cumprir a carga horária mínima obrigatória do POED na escola. O professor pode desenvolver duas propostas simultaneamente: uma para complementar a jornada e outra para ampliação.

Aulas na Educação Integral

Na Educação Integral (acesse), as atividades educomunicativas são inseridas diretamente na matriz curricular, atendendo a todos os estudantes de uma ou mais salas.

Para formalizar a Educomunicação nessa modalidade, o primeiro passo é a atribuição das aulas aos professores dentro do Território Comunicacional: Oralidade e Novas Linguagens. Após a atribuição, o professor deve elaborar um projeto no documento específico chamado Anexo IV (acesse), que inclui:

  • Descrição do projeto
  • Objetivos e metodologia
  • Relação com os Saberes da Matriz Curricular da Cidade
  • Estratégias de avaliação

Esse documento deve ser encaminhado à coordenação pedagógica para validação. Falamos a Educomunicação na crônica educomunicativa:

"Educomunicação na Educação Integral" acesse

Itinerário Formativo do Ensino Médio

No Ensino Médio, a Educomunicação pode ser desenvolvida dentro dos Itinerários Formativos, que preveem aulas específicas para o enriquecimento curricular, especialmente na área de Linguagens e Comunicação.

Diferente das modalidades anteriores, os professores não precisam elaborar projetos ou Anexo IV . Para a formalização, basta que o professor elabore um Plano de Trabalho, que detalha os conteúdos, objetivos e metodologias a serem utilizados nas aulas. Falamos a Educomunicação na crônica educomunicativa:

"Educomunicação no Ensino Médio"  acesse

Independente da modalidade escolhida, a Educomunicação deve ser estruturada com um planejamento bem definido, garantindo que as atividades tenham intencionalidade pedagógica e estejam alinhadas às diretrizes da Rede Municipal de Ensino de São Paulo. Ao seguir os procedimentos de validação, as ações educomunicativas passam a ser reconhecidas e incorporadas de forma estruturada na escola, fortalecendo a Educomunicação como ferramenta essencial para a formação crítica e criativa dos estudantes.

Por Carlos Lima - Professor e Educomunicador

Imagem : Onézio Cruz

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Aperfeiçoamento em Educomunicação: Ferramenta Inovadora para Transformar a Comunicação de Profissionais e Organizações


Com a participação de profissionais e especialistas renomados, a 3ª edição do curso Aperfeiçoamento em Educomunicação está com inscrições abertas para aqueles que desejam desenvolver projetos e estratégias para aprimorar a comunicação em suas organizações.

A Educomunicação é uma das abordagens mais inovadoras para potencializar a comunicação em organizações, escolas, governos, promovendo conexões mais autênticas e eficazes com o publico que se deseja atender. O curso  é único no país e oferece uma formação completa, combinando conceitos essenciais e práticas  para construir uma comunicação que integra pessoas, fortalece vínculos e alcança comunidades e territórios.

O desafio da comunicação assertiva, aliado ao desenvolvimento da capacidade de criar soluções, torna esta formação uma ferramenta essencial. O curso também aborda a importância da comunicação afetiva, fundamental para transformar escolas e espaços comunitários em ambientes mais acolhedores e menos suscetíveis à violência.

Problemas de comunicação em organizações públicas podem ser superados por meio de estratégias de gestão comunicativa, promovendo um diálogo mais transparente e eficaz. Esses são apenas alguns exemplos do impacto positivo que o curso pode proporcionar.


As inscrições já estão abertas, e o investimento certamente vale a pena. Acesse o site e garanta sua vaga hoje mesmo!

Clique neste link  

Por Carlos Lima:
Educomunicador e professor

Imagem: Pixabay

Meio ambiente e Saúde com Educomunicação


O mundo vive um momento de grande fragilidade devido às mudanças climáticas. Além dos desastres naturais, que frequentemente ganham destaque na mídia, há problemas cada vez mais crônicos que impactam o cotidiano das pessoas, resultantes da desestabilização do clima. Muitas questões de saúde pública poderiam ser discutidas também como problemas ambientais.

Geralmente, associamos questões ambientais à derrubada de árvores, poluição, desperdício de água, queimadas, descarte inadequado de lixo, mudanças bruscas de temperatura, destruição da camada de ozônio, aumento do nível do mar, enchentes e desaparecimento de espécies. Por que problemas como dengue, insolação devido ao calor extremo, doenças respiratórias, obesidade e crises emergenciais de saúde pública não seriam considerados também como desafios ambientais? Melhor ainda, desafios socioambientais.

Saúde e meio ambiente deveriam ser discutidos de forma integrada, pois os problemas apresentados possuem interconexões evidentes. A Educomunicação tem um papel fundamental na articulação dessas áreas, criando estratégias para informar e mobilizar comunidades. Três iniciativas demonstram essa conexão: os programas Imprensa Jovem, Educom.Saúde e Saúde Planetária. Essas ações contam com o apoio do poder público, da universidade e de organizações internacionais, demonstrando o potencial da comunicação como ferramenta educativa.

O Imprensa Jovem, por exemplo, é um programa protagonizado por estudantes que, em parceria com a TV Cultura, criaram o quadro "Imprensa Jovem no Ar" dentro do programa Boas Práticas Escolares, exibido aos domingos pela manhã. Como estratégia de formação para as comunidades, o programa aborda temas como Saúde e Meio Ambiente, trazendo pautas relevantes, como HPV, alimentação saudável e, mais recentemente, dengue. Essa abordagem demonstra como a Educomunicação pode ser uma ponte para fortalecer a educação da população sobre esses temas.

Já o Educom.Saúde atua na formação de profissionais da área da saúde, formando para desenvolverem propostas educomunicativas nos territórios em conjunto com o poder público. Um exemplo é o trabalho voltado ao combate das arboviroses, um problema recorrente no Brasil devido às condições climáticas tropicais.

O programa Saúde Planetária, por sua vez, trata da saúde na interface com projetos de ação social, promovendo o bem-estar da população. Muitos desses projetos utilizam a Educomunicação como estratégia para alcançar jovens e educadores, ampliando a conscientização e incentivando práticas sustentáveis.

A proposta central dessas iniciativas é conectar Saúde e Meio Ambiente por meio das ferramentas da Educomunicação, como rádio, audiovisual, jornalismo estudantil, cinema, mídias sociais e fotografia. A comunicação é um poderoso instrumento para engajar a sociedade e promover mudanças significativas em prol da saúde coletiva e da sustentabilidade.

Para saber mais sobre essas iniciativas e como elas estão transformando a relação entre saúde e meio ambiente, acesse: 

Programa Boas Práticas - Imprensa Jovem no Ar (Acesse)

Educom.Saúde (Acesse)

Saúde Planetária (Acesse)

Por Carlos Lima: Educomunicador e professor

Imagem :  Criado por IA (Canvas)


domingo, 16 de fevereiro de 2025

Dia do Repórter e o papel do Imprensa Jovem na formação de futuros comunicadores


Hoje celebramos o Dia do Repórter, um profissional essencial para a sociedade, cuja missão é investigar e trazer à tona informações de interesse público. O repórter é, antes de tudo, um pesquisador guiado pelas perguntas, um curioso incansável que busca compreender e compartilhar os acontecimentos que moldam nosso cotidiano.

A riqueza de seu trabalho está na formulação das perguntas certas, na capacidade de transformar a curiosidade em conhecimento e entregar à sociedade conteúdos que possam ser debatidos, ampliados e aprofundados. Entre o fato e a opinião, o repórter se dedica à produção da notícia, buscando sempre a imparcialidade, mesmo sabendo que nenhum olhar é totalmente neutro. Por isso, é fundamental que o público leia e interprete as reportagens com criticidade.

Jovens repórteres com Pedro Bassan no G20

O jornalismo é um pilar da democracia. A sociedade não pode abrir mão do repórter, pois ele é a ponte entre os acontecimentos e o direito à informação. Para cumprir sua função, precisa de liberdade de acesso e credibilidade, estando preparado para lidar com desafios e riscos – muitas vezes colocando sua própria vida em perigo ao revelar verdades que incomodam.

O Imprensa Jovem, programa pioneiro de Educomunicação, tem um papel fundamental na formação de futuros repórteres. Ao incentivar estudantes a questionar, investigar e produzir conteúdos jornalísticos, contribui para o desenvolvimento de uma geração de comunicadores críticos, éticos e comprometidos com a verdade. Em sociedades democráticas, a valorização do jornalismo e do direito à comunicação é uma garantia de liberdade. Em contextos autoritários, investir na formação de jornalistas e na produção independente de informação é um ato de resistência.

Vivemos tempos desafiadores, em que a liberdade de imprensa sofre ataques e a disseminação de desinformação cresce. No entanto, o verdadeiro repórter é aquele que compreende a responsabilidade da comunicação, respeita limites éticos e usa sua voz para promover os direitos humanos. Neste Dia do Repórter, celebramos aqueles que fazem da investigação e da verdade sua missão, ajudando a construir um mundo mais justo e informado.

Por Carlos Lima: Educomunicador e professor

Imagem: Acervo Imprensa Jovem 

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Jogo de Consciência Ambiental: Bom de Clima



A educação ambiental é fundamental para a formação de cidadãos críticos e conscientes sobre os desafios climáticos atuais. O jogo "Bom de Clima" foi criado com o objetivo de estimular o pensamento reflexivo e a busca por soluções sustentáveis a partir da compreensão das conexões entre as atividades humanas, suas causas, efeitos e possíveis soluções. A criação da atividade foi inspirada na aula inspirado no "Mural do Clima" dinamizado pela formadora Cristina Bestteti Costa que atendeu o curso Educomunicação Socioambiental : Precisamos Conversar Sobre Mudanças Climáticas, desenvolvido pelo grupo Educom&Clima.   Ao participar dessa dinâmica, os estudantes desenvolvem habilidades analíticas, colaborativas e criativas, promovendo um engajamento ativo na preservação do meio ambiente. Além disso, a inclusão de propostas de Educomunicação permite que os jovens se tornem agentes multiplicadores de conhecimento, utilizando diferentes mídias para sensibilizar suas comunidades sobre a importância de práticas sustentáveis. Dessa forma, "Bom de Clima" vai além de um jogo educativo, tornando-se uma ferramenta para transformar informação em ação.

A formadora Cristina Bestteti Costa orienta professores para o jogo do Clima originalmente com 42 cartas

Proposta do jogo "Bom Clima"

Criar conexões entre atividades humanas, suas causas, efeitos e soluções sobre o meio ambiente, promovendo reflexão e conscientização sobre a emergência climática, além de estimular propostas de Educomunicação para cada atividade humana abordada.

Como jogar:

Atividade coletiva: Thaís Brianezi media o jogo

  1. O jogo possui um total de 18 cartas distribuídas igualmente entre os participantes.
  2. O estudante que estiver com a carta "Consumo" inicia a partida.
  3. A sequência do jogo segue a lógica: Efeito → Causa → Solução.
  4. Se um jogador não tiver uma carta correspondente, pode iniciar uma nova trilha de Atividade Humana.
  5. O jogo termina quando todas as 18 cartas forem jogadas e as 6 trilhas de atividades humanas forem completadas.
  6. Ao final, o grupo escolhe um dos projetos de Educomunicação para executar, relacionado a uma das trilhas formadas.
  7. Antes da execução do projeto, os estudantes assistem a um curta-metragem sobre uma das atividades humanas abordadas no jogo e seu impacto nas emergências climáticas.

Participantes: De 3 a 6 jogadores, cada um com 6 cartas iniciais.


Cartas:

Atividades Humanas

  • Produção de lixo: O aumento do lixo ocorre devido ao consumo excessivo e a falta de reciclagem.
  • Alimentação: A produção de alimentos em larga escala pode levar ao desmatamento e ao desperdício.
  • Consumo: O consumismo gera mais extração de recursos naturais e poluição.
  • Mobilidade: O uso excessivo de veículos movidos a combustíveis fósseis aumenta as emissões de gases de efeito estufa.
  • Desmatamento: A retirada de vegetação para agricultura ou construção reduz a capacidade de absorção de CO2.
  • Desperdício de água: O consumo excessivo pode gerar escassez hídrica e impactar os ecossistemas.

Causas

  • Uso de plástico descartável contribui para a poluição dos oceanos.
  • Alta demanda por carne leva ao desmatamento para pastagens.
  • Obsolescência programada incentiva o descarte precoce de eletrônicos.
  • Falta de transporte público eficiente estimula o uso de veículos individuais.
  • Exploração de madeira e agronegócio impulsionam a destruição florestal.
  • Uso irresponsável da água em atividades diárias leva ao esgotamento de reservas.

Efeitos

  • Acúmulo de lixo e plástico nos oceanos afeta a fauna marinha.
  • Emissão de gases do efeito estufa agrava o aquecimento global.
  • Maior extração de recursos naturais para fabricar novos produtos.
  • Congestionamentos e perda de qualidade de vida nas cidades.
  • Aumento de ilhas de calor em centros urbanos por falta de áreas verdes.
  • Falta de água potável impacta comunidades vulneráveis e a segurança alimentar.

Soluções

  • Redução do uso de plástico descartável e incentivo à reciclagem.
  • Consumo consciente de alimentos e apoio a práticas de agricultura sustentável.
  • Economia circular e reutilização de materiais para minimizar o descarte.
  • Investimento em transporte público e meios alternativos como bicicletas.
  • Reflorestamento e proteção de áreas de preservação.
  • Captação e reaproveitamento de água da chuva para consumo.

Projetos de Educomunicação

  • Jornal mural: Criar um mural na escola destacando os impactos das atividades humanas no meio ambiente e as soluções possíveis.
  • Fotografia: Realizar uma exposição fotográfica sobre os efeitos da poluição e das mudanças climáticas no território local.
  • Podcast: Produzir episódios discutindo temas ambientais, entrevistando especialistas e compartilhando iniciativas sustentáveis.

  • Vídeo curto para TikTok: Criar vídeos educativos curtos para sensibilizar sobre consumo consciente e preservação ambiental.
  • Fanzine: Desenvolver um fanzine coletivo abordando causas, efeitos e soluções ambientais de forma criativa.
  • Canal de conteúdo no Instagram: Criar um perfil educativo para compartilhar dicas sustentáveis e engajar a comunidade escolar na causa ambiental.

Exemplo de Conexão:

  • Atividade Humana: Mobilidade → Causa: Uso excessivo de combustíveis fósseis → Efeito: Aumento do efeito estufa → Solução: Investimento em transporte coletivo e energia limpa → Projeto de Educomunicação: Produzir um vídeo curto para TikTok mostrando os benefícios da mobilidade sustentável.

Variação do Jogo:

  • Acrescentar desafios bônus, como debates e dinâmicas de grupo sobre temas ambientais. A atividade pode ser customizada com outras atividades humanas e pode ser construidas com post it,  recordes de jornais e revistas para ilustrar, as atividades educomunicativas podem ser outras.

O jogo "Bom de Clima" é uma forma lúdica e educativa de estimular a consciência ambiental e discutir soluções para minimizar os impactos das atividades humanas no planeta. A inclusão de propostas de Educomunicação amplia as possibilidades de aprendizagem e transforma conhecimento em ação.

Por Carlos Lima : Educomunicador e professor

Imagens: Oficina Educomunicação Sociambiental | Educom&Clima no Sesc Consolação 


domingo, 9 de fevereiro de 2025

A Educomunicação no Ensino Médio

 


As linguagens de comunicação e suas tecnologias estão profundamente integradas ao cotidiano dos adolescentes. Seja como usuários ou produtores de mídia, as oportunidades para aprender e desenvolver conhecimento são inúmeras. Parte considerável do aprendizado dos jovens hoje ocorre por meio de conteúdos disponíveis em canais virtuais, como redes sociais, sites e acervos digitais.

Entretanto, navegar nesse vasto e acessível universo de informações exige preparo. É fundamental que o conteúdo seja analisado de forma crítica, especialmente diante do crescimento da desinformação, das fake news, dos discursos de ódio e de conteúdos prejudiciais que circulam livremente.

No papel de criadores de conteúdo, os adolescentes têm a chance de exercitar sua criatividade, expressar ideias e produzir materiais que promovam intervenções sociais positivas em suas comunidades. Além disso, criar conteúdos também é uma oportunidade para aprender sobre os diversos temas que permeiam a sociedade em que vivem.

Os projetos do Programa Imprensa Jovem oferecem um espaço único para estimular a leitura crítica e a produção de mídias pelos estudantes. Essa iniciativa pode ser expandida para o Ensino Médio por meio da unidade de percurso "De Olho nas Redes: Investigação e Intervenção", que já demonstrou grande potencial de aprendizagem.

Um exemplo bem-sucedido é a experiência desenvolvida na EMEFM Darcy Ribeiro. Os estudantes participaram de uma imersão nas atividades da Agência de Notícias Imprensa Jovem e criaram podcasts abordando os malefícios do uso de vape e narguilé entre jovens, entrevistando médicos do Hospital das Clínicas.

Outra experiência relevante ocorreu na EMEFM Rubens Paiva, onde os estudantes produziram conteúdos para redes sociais, realizaram reportagens para o quadro "Imprensa Jovem no Ar", da TV Cultura, e participaram de coberturas jornalísticas de eventos na cidade.

Essas vivências comprovam o impacto positivo na formação dos estudantes do Ensino Médio. A unidade de percurso pode abrigar o Programa Imprensa Jovem, promovendo o desenvolvimento de diversas linguagens atreladas ao diálogo interdisciplinar com diferentes áreas do conhecimento. Entre as possibilidades, destacam-se projetos de jornalismo, produção audiovisual, comunicação social, entre outros.

A Educomunicação, quando integrada ao currículo do Ensino Médio, não apenas enriquece o aprendizado, mas também prepara os adolescentes para se tornarem cidadãos críticos, criativos e atuantes na sociedade.

Desenvolvendo a Educomunicação no Ensino Médio

1. Frequência das aulas

  • Realizar 2 aulas semanais para garantir a continuidade e aprofundamento das atividades.

2. Recursos necessários

  • Equipamentos audiovisuais (câmeras, microfones, gravadores, entre outros);
  • Acesso à internet para pesquisa e veiculação de conteúdos;
  • Kit multimídia para suporte nas produções.

3. Formação docente e discente

  • Acessar o conteúdo formativo "Desenvolvendo a Educomunicação no Ensino Médio – Formação Imprensa Jovem", disponível no Google Sala de Aula. Entre em contato

4. Canal de comunicação

  • Criar e gerenciar um canal de comunicação (blog, redes sociais ou podcast) para a veiculação das produções dos estudantes.

5. Imersão prática

  • Promover atividades que simulem ou envolvam práticas jornalísticas reais, como entrevistas, coberturas de eventos e produção de reportagens.

6. Duração e aprofundamento

  • Planejar as atividades com duração de 1 ano, com possibilidade de aprofundamento em módulos formativos específicos nos anos seguintes.

 

Acesse as produções das escolas e ambiente de formação

Podconversar: Pod ou não pode? Vape e Narguilé qual o limite



Programas Imprensa Jovem no Ar  Acesse

Campanha Imprensa Jovem  Acesse

Revista Imprensa Jovem Acesse


Bibliografia

NOVO ENSINO MÉDIO – ITINERÁRIOS FORMATIVOS - Acesse

LIVRO: Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação: Contribuições para a reforma do Ensino Médio – Ismar de Oliveira Soares (Disponível na escola)

 

Por Carlos Lima: Educomunicador e Professor

Imagem:  Registro da oficina de Educomunicação para os estudantes do Programa Jovem Repórter do Escola Intercultural Brasil - México  do Programa Jovem Repórter do estado do Rio de Janeiro (acesse)

 

 

 

 

 

 

sábado, 8 de fevereiro de 2025

Para combater as mudanças climáticas, é preciso "Belezuras"!


Para Freire, na boniteza da vida é preciso ter também um pouco de ousadia e rebeldia, e o diálogo é essencial e libertador. O diálogo leva ao conhecimento, é a essência daquilo que buscamos. É uma possibilidade de esperançar, de resistir, de reinventar-se. O diálogo é a grande boniteza da vida!  Escrito por Maria Lourdes  Freitas da Silva está linda definição inspira a ação que nasce para formar mediadores para um mundo melhor. (leia na íntegra)

Ontem, uma iniciativa inédita nasceu no Sesc Consolação: a formação l “Educomunicação Socioambiental: precisamos conversar sobre emergência climática nas escolas”. Uma trupe de professores, estudantes de Educomunicação, pesquisadores e especialistas em Meio Ambiente embarcaram em uma jornada coletiva para desenvolver um programa pretende educar a juventude paulistana e, no futuro, formará professores de todo o país.

As ações para mitigar os impactos das mudanças climáticas não podem ficar para amanhã – precisam acontecer hoje. Mobilizar a juventude para refletir sobre um mundo mais sustentável é um dos pilares do curso Estudante Mediador dos ODS que foi realizado em 2020, 2021 e 2024. Os jovens têm ideias brilhantes e são agentes fundamentais na construção de soluções para um futuro melhor. Projetos de intervenção social criados por eles despertam esperanças e concretizam ações transformadoras nas comunidades. Esta ação formativa que foi um encontro e estudantes e professores no processo de formação, foi uma ação "abre alas" para o curso Educomunicação Socioambiental.

Peofessor Ismar Soares (USP) ouve a participação de Marcos Sorrentino (Ministério do Meio Ambiente)

A Educomunicação Socioambiental já faz parte da formação de professores em São Paulo há quase uma década. Quando unimos Educomunicação e Educação Ambiental, potencializamos a formação das juventudes, promovendo espaços de expressão, criatividade, visão coletiva e diálogo. O  histórico desta aproximação é apresentada no artigo clique aqui,"A educomunicação socioambiental na Rede Municipal de Educação de São Paulo: histórico e análise a partir das perspectivas socioambiental, territorial e democrática

Cada projeto de intervenção social desenvolvido pelos estudantes é uma belezura, encantando e transformando os territórios. Os jovens repórteres do Imprensa Jovem, com seus canais de comunicação comunitária, são verdadeiros faróis na cidade. Hoje são 400 unidades educacionais, mas podem ser muito mais no ano da COP 30.

Assista os vídeos com propostas desenvolvidas pelos estudantes.Clique na imagem

Essa iniciativa, que nasce da parceria entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, o Núcleo de Comunicação e Educação da USP e a Secretaria Municipal de Educação  e financiamento da FAPESP, é um modelo para o mundo. Com o protagonismo do Núcleo de Educomunicação, Núcleo de Educação Ambiental da equipe do projeto Educom & Clima clique aqui, essa força-tarefa busca alcançar as crianças, adolescentes e jovens por meio das escolas e das aulas – aulas progressistas e educomunicativas, que tratam de um tema urgente, sobretudo para as periferias, onde os impactos ambientais são ainda mais severos.

Apesar da desinformação que muitas vezes obscurece a compreensão da crise climática, os estudantes irão falar por nós. Eles sabem que é preciso agir. E, como bons semeadores da transformação, aproveitarão a chuva e a terra molhada para plantar a cultura de paz e um meio ambiente que permita um bem viver para todos.

Por Carlos Lima : Educomunicador e professor

Imagem: Encontro do curso Educomunicação Socioambiental no Sesc Consolação

Saiba mais :  

Educom & Clima :  acesse

Núcleo de Educomunicação:  acesse aqui

Núcleo de Educação Ambiental: acesse aqui

FAPESP: acesse aqui


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

A Escola Precisa Olhar para a Criatividade do Estudante


Muitas vezes, tenho a sensação de que a escola está pouco preocupada com a criatividade dos estudantes. Falta preparo  para desenvolver práticas com olhar mais sensível, capaz de perceber e estimular o potencial criativo dos jovens. As escolas são verdadeiros celeiros de talentos, mas, infelizmente, muitos estudantes passam por elas apenas como um número na chamada, sem serem reconhecidos pelo que realmente são e podem se tornar.

A forma como organizamos o espaço da sala de aula também contribui para esse distanciamento. Os alunos, enfileirados, enxergam apenas a nuca do colega da frente e o quadro negro. O contato humano se perde, e com ele, a chance de construir relações significativas e de enxergar as potencialidades de cada estudante. Só conseguimos perceber talentos quando nos conectamos de verdade, quando olhamos nos olhos, damos espaço para a fala e quebramos o monopólio da palavra dentro da sala de aula.

Encontro grandes talentos nas escolas públicas. Muitos deles, no entanto, são mal compreendidos simplesmente porque falam demais. A escola, em muitos casos, ainda vê a expressão como um problema, e não como um indicativo de criatividade, pensamento crítico e potencial comunicativo. O curioso é que, quando um estudante tem a coragem de se expressar, sempre há aqueles que criticam, desvalorizam ou tentam silenciar a voz incômoda.

Ainda há que enxergam o ato de aprender como um processo engessado: ouvir, copiar, decorar, fazer provas e tirar boas notas. Mas a educação precisa ir além. Projetos que promovem o protagonismo infantojuvenil, como rádio escolar, teatro, música e outras iniciativas educomunicativas, são essenciais para tornar a escola um ambiente mais vivo e estimulante.

Se não mudar práticas e não começarmos a enxergar o aluno como um sujeito ativo e não apenas como um número, a escola corre o risco de entrar em colapso. Precisamos transformar o espaço escolar em um ambiente privilegiado para o desenvolvimento de talentos que contribuirão para a sociedade do futuro. Afinal, educação de qualidade não se faz apenas com conteúdo programático, mas com escuta, diálogo e valorização da criatividade.

Por Carlos Lima: Educomunicador e professor

Foto: Imprensa Jovem da EMEF Pedro Américo


Imprensa Mirim: Educomunicação para Crianças

 



O Imprensa Mirim é um projeto pioneiro de Educomunicação, voltado para crianças da Educação Infantil e do ciclo de alfabetização do Ensino Fundamental. Inspirado no programa Imprensa Jovem, a iniciativa busca introduzir as crianças ao universo jornalístico por meio de atividades lúdicas e práticas em mídias como podcast, vídeo e fotografia. Esse formato promove a exploração criativa das linguagens midiáticas, em um ambiente que valoriza o brincar e a imaginação, fortalecendo habilidades de comunicação e expressão desde cedo.

A proposta do Imprensa Mirim é permitir que as crianças sejam protagonistas de suas histórias, exercitando o papel de narradoras ativas em seu processo de aprendizagem. Por meio de produções jornalísticas adaptadas ao universo infantil, o projeto não apenas desenvolve competências comunicativas, mas também amplia o senso crítico, a curiosidade e a colaboração. Essa abordagem ajuda a criar uma base sólida para a alfabetização midiática, integrando as vozes das crianças às dinâmicas escolares de forma significativa e divertida.

A experiência de rádio na Educação Infantil, inaugurada com a Rádio Jacaré em 2009, marca o início da trajetória da Educomunicação nesse segmento. Criada pela professora Ana Paula Escudeiro, na EMEI Antônio Bonilha, a Rádio Jacaré foi a primeira Radioescola brasileira voltada para crianças pequenas, e abriu caminho para outros projetos como o Imprensa Mirim da EMEI Cartola. Este último, implementado após a portaria 7991/2016 do programa "Nas Ondas do Rádio", institucionalizou a Educomunicação na Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, ampliando o uso de mídias diversas, como vídeo, fotografia e redes sociais.

Com uma abordagem única que combina jornalismo infantil e linguagens midiáticas, o Imprensa Mirim fortalece o vínculo entre crianças, escola e comunidade. O projeto demonstra como a Educomunicação pode ser uma ferramenta poderosa para transformar o processo de aprendizado em algo mais interativo, criativo e participativo, respeitando o tempo e o universo infantil enquanto promove a expressão e a escuta ativa.

Por Carlos Lima - Professor e Educomunicador

Foto: Arquivo Imprensa Jovem


 

Educomunicação e Protagonismo Estudantil: Quando o Clima Entra em Pauta nas Escolas

Como estudantes da Rede Municipal de São Paulo estão usando a comunicação para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e promover o b...